martes, 27 de julio de 2010

Bajada de línea

Playa Giron (Silvio Rodriguez)



Compañeros poetas,
tomando en cuenta los últimos sucesos
en la poesía, quisiera preguntar
——me urge—,
¿qué tipo de adjetivos se deben usar
para hacer el poema de un barco
sin que se haga sentimental, fuera de la vanguardia
o evidente panfleto,
si debo usar palabras como
Flota Cubana de Pesca y
«Playa Girón»?

Compañeros de música,
tomando en cuenta esas politonales
y audaces canciones, quisiera preguntar
—me urge—,
¿qué tipo de armonía se debe usar
para hacer la canción de este barco
con hombres de poca niñez, hombres y solamente
hombres sobre cubierta,
hombres negros y rojos y azules,
los hombres que pueblan el «Playa Girón»?

Compañeros de historia,
tomando en cuenta lo implacable
que debe ser la verdad, quisiera preguntar
—me urge tanto—,
¿qué debiera decir, qué fronteras debo respetar?
Si alguien roba comida
y después da la vida, ¿qué hacer?
¿Hasta donde debemos practicar las verdades?
¿Hasta donde sabemos?
Que escriban, pues, la historia, su historia,
los hombres del «Playa Girón».

------------------------------


Times they are a changing (Bob Dylan)



The Times They Are A-Changin' (Bob Dylan)

Come gather 'round people
Wherever you roam
And admit that the waters
Around you have grown
And accept it that soon
You'll be drenched to the bone.
If your time to you
Is worth savin'
Then you better start swimmin'
Or you'll sink like a stone
For the times they are a-changin'.

Come writers and critics
Who prophesize with your pen
And keep your eyes wide
The chance won't come again
And don't speak too soon
For the wheel's still in spin
And there's no tellin' who
That it's namin'.
For the loser now
Will be later to win
For the times they are a-changin'.

Come senators, congressmen
Please heed the call
Don't stand in the doorway
Don't block up the hall
For he that gets hurt
Will be he who has stalled
There's a battle outside
And it is ragin'.
It'll soon shake your windows
And rattle your walls
For the times they are a-changin'.

Come mothers and fathers
Throughout the land
And don't criticize
What you can't understand
Your sons and your daughters
Are beyond your command
Your old road is rapidly agin'
Please get out of the new one
If you can't lend your hand
For the times they are a-changin'.

The line it is drawn
The curse it is cast
The slow one now
Will later be fast
As the present now
Will later be past
The order is
Rapidly fadin'.
And the first one now
Will later be last
For the times they are a-changin'.

----------------------------
Los tiempos están cambiando (Roberto Dylan)

Reunanse, gente
Dondequiera que vaguen
Y admitan que las aguas
Alrededor crecieron
Y acepten que pronto
Estarán empapados hasta los huesos
Si su tiempo para ustedes
Merece ser salvado
Mejor empiecen a nadar
O se van a hundir como piedras
Porque los tiempos están cambiando

Vengan, escritores y críticos
Que profetizan con sus lapiceras
Y mantengan los ojos abiertos
La oportunidad no va a volver
Y no se apresuren para hablar
Porque la rueda aún sigue girando
Y no se puede decir a quién nombra
Porque el perdedor de ahora
Mas adelante ganará
Los tiempos están cambiando


Vengan senadores y congresistas
Por favor escuchen el llamado
No se paren en la puerta
No bloqueen la sala
Porque el herido
Será el que haya estancado
Hay una batalla afuera
Y está rabiando
Pronto sacudirá sus ventanas
Y golpeará sus puertas
Porque los tiempos están cambiando

Vengan madres y padres
A traves de la tierra
Y no critiquen
lo que no pueden entender
Sus hijos hijos e hijas
Están más allá de su comando
Su antiguo camino envejece rapidamente
Por favor salgan del nuevo
Si no pueden ayudar
Porque los tiempos están cambiando

La línea está trasada
El curso está moldeado
El lento de hoy
Luego será el rápido
Y el presente hoy
Luego será el pasado
El orden
Rapidamente se esfuma
Y el primero hoy
Luego será el último
Porque los tiempos están cambiando





----------------

Pato trabaja en una carnicería (Moris)



Todo empezó con el chiste que decía
lo tuyo es mío y lo mío es mío
no comprendimos que eso sería
lo que algún día nos heriría
fueron los días, los días de oro
y el sol brillaba sin preguntar
después crecimos y nos fuimos del barrio
pato trabaja en una carnicería
tiempos aquellos de rosedales
novias de Flores, primeros cigarrillos
nunca al colegio, siempre la vida
y las mañanas del sol aquel
hemos crecido y visto el mundo en los diarios
el comunismo resultó complicado
lo tuyo es mío y lo mío es mío
nos ha llevado a la indiferencia
tenés excusas, los otros tienen
que te mantengan para eso están
sos el burgués mas corrompido que existe
y te engañas pensando que sos un hippie
vos explotas a todos y no das nada
y eso es ser el peor capitalista
cuando tenés, te hacés el burro
vivís de arriba, que asco me das
vos te reís del mundo y de las personas
pero querés que el mundo te alimente
otros te proporcionan lo necesario
y vos seguís creyendo que es lo corriente
que inútil sos, que mantenido
mírate un poco, baja de ahí
siempre estás en artista y te hacés el genio
cultivas tu aire ausente y despreocupado
porque te supergusta hacerte el raro
y tu fama te tiene muy preocupado
te haces copar, como engañas
sos de mentira y no servís.
pato trabaja en una carnicería
pato trabaja en una carnicería
pato trabaja en una carnicería


----------------

O que será



O que será, que será?
Que andam suspirando pelas alcovas
Que andam sussurrando em versos e trovas
Que andam combinando no breu das tocas
Que anda nas cabeças anda nas bocas
Que andam acendendo velas nos becos
Que estão falando alto pelos botecos
E gritam nos mercados que com certeza
Está na natureza
Será, que será?
O que não tem certeza nem nunca terá
O que não tem conserto nem nunca terá
O que não tem tamanho...

O que será, que será?
Que vive nas idéias desses amantes
Que cantam os poetas mais delirantes
Que juram os profetas embriagados
Que está na romaria dos mutilados
Que está na fantasia dos infelizes
Que está no dia a dia das meretrizes
No plano dos bandidos dos desvalidos
Em todos os sentidos...

Será, que será?
O que não tem decência nem nunca terá
O que não tem censura nem nunca terá
O que não faz sentido...

O que será, que será?
Que todos os avisos não vão evitar
Por que todos os risos vão desafiar
Por que todos os sinos irão repicar
Por que todos os hinos irão consagrar
E todos os meninos vão desembestar
E todos os destinos irão se encontrar
E mesmo o Padre Eterno que nunca foi lá
Olhando aquele inferno vai abençoar
O que não tem governo nem nunca terá
O que não tem vergonha nem nunca terá
O que não tem juízo...(2x)

Lá lá lá lá lá……..

--------------------------------------
Fado tropical (Chico Buarque)

Incluida en una obra de teatro con Ruy Guerra, hace una analogia entre el Brasil antiguo, portugal y brasil de la dictadura...


Chico Buarque - Fado Tropical
Oh, musa do meu fado
oh, minha mãe gentil
te deixo consternado
no primeiro abril
mas não sê tão ingrata
não esquece quem te amou
e em tua densa mata
se perdeu e se encontrou
ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
ainda vai tornar-se um imenso portugal
"sabe, no fundo eu sou um sentimental
todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dose de lirismo...(além da
sífilis, é claro)*
mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar
meu coração fecha os olhos e sinceramente chora..."
Com avencas na caatinga
alecrins no canavial
licores na moringa

---------------------------------

Samba de Orly

(Habla sobre el exilio)



Vai, meu irmão
Pega esse avião
Você tem razão de correr assim
Desse frio, mas beija
O meu Rio de Janeiro
Antes que um aventureiro
Lance mão

Pede perdão
Pela duração dessa temporada
Mas não diga nada
Que me viu chorando
E pros da pesada
Diz que vou levando
Vê como é que anda
Aquela vida à toa
E se puder me manda
Uma notícia boa

Pede perdão
Pela omissão um tanto forçada
Mas não diga nada
Que me viu chorando
E pros da pesada
Diz que vou levando
Vê como é que anda
Aquela vida à toa
Se puder me manda
Uma notícia boa

----------------------------

Meu caro amigo

(Claramente habla del exilio, mundial del 78 etc)



Meu caro amigo me perdoe, por favor
Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
Mando notícias nessa fita

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol

Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta

Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando e também sem a cachaça
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu não pretendo provocar
Nem atiçar suas saudades
Mas acontece que não posso me furtar
A lhe contar as novidades

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol

Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta

É pirueta pra cavar o ganha-pão
Que a gente vai cavando só de birra, só de sarro
E a gente vai fumando que, também, sem um cigarro
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu quis até telefonar
Mas a tarifa não tem graça
Eu ando aflito pra fazer você ficar
A par de tudo que se passa

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol

Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta

Muita careta pra engolir a transação
E a gente tá engolindo cada sapo no caminho
E a gente vai se amando que, também, sem um carinho
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu bem queria lhe escrever
Mas o correio andou arisco
Se me permitem, vou tentar lhe remeter
Notícias frescas nesse disco

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol

Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta

A Marieta manda um beijo para os seus
Um beijo na família, na Cecília e nas crianças
O Francis aproveita pra também mandar lembranças
A todo o pessoal
Adeus

--------------------------------------

Calice (Chico y Gilberto Gil)

Calice en Portugues es callesé y tambien cáliz (Grande muchachos!)



Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue...(2x)

Como beber
Dessa bebida amarga
Tragar a dor
Engolir a labuta
Mesmo calada a boca
Resta o peito
Silêncio na cidade
Não se escuta
De que me vale
Ser filho da santa
Melhor seria
Ser filho da outra
Outra realidade
Menos morta
Tanta mentira
Tanta força bruta...

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue...

Como é difícil
Acordar calado
Se na calada da noite
Eu me dano
Quero lançar
Um grito desumano
Que é uma maneira
De ser escutado
Esse silêncio todo
Me atordoa
Atordoado
Eu permaneço atento
Na arquibancada
Prá a qualquer momento
Ver emergir
O monstro da lagoa...

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue...

De muito gorda
A porca já não anda
(Cálice!)
De muito usada
A faca já não corta
Como é difícil
Pai, abrir a porta
(Cálice!)
Essa palavra
Presa na garganta
Esse pileque
Homérico no mundo
De que adianta
Ter boa vontade
Mesmo calado o peito
Resta a cuca
Dos bêbados
Do centro da cidade...

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue...

Talvez o mundo
Não seja pequeno
(Cálice!)
Nem seja a vida
Um fato consumado
(Cálice!)
Quero inventar
O meu próprio pecado
(Cálice!)
Quero morrer
Do meu próprio veneno
(Pai! Cálice!)
Quero perder de vez
Tua cabeça
(Cálice!)
Minha cabeça
Perder teu juízo
(Cálice!)
Quero cheirar fumaça
De óleo diesel
(Cálice!)
Me embriagar
Até que alguém me esqueça
(Cálice!)

--------------------------

Chico Buarque - Apesar De Você

(Forma copada de bajarle linea al dictador)

Hoje você é quem manda
falou, tá falado
não tem discussão
a minha gente hoje anda
falando de lado
e olhando pro chão, viu
você que inventou esse estado
e inventou de inventar
toda a escuridão
você que inventou o pecado
esqueceu-se de inventar
o perdão
Apesar de você
amanhã há de ser
outro dia
eu pergunto a você
onde vai se esconder
da enorme euforia




--------------------------------------------

Gente humilde

(Uno de los primeros temas de Chico, opinen ustedes...)



Tem certos dias
Em que eu penso em minha gente
E sinto assim
Todo o meu peito se apertar
Porque parece
Que acontece de repente
Feito um desejo de eu viver
Sem me notar
Igual a como
Quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem
Vindo de trem de algum lugar
E aí me dá
Como uma inveja dessa gente
Que vai em frente
Sem nem ter com quem contar
São casas simples
Com cadeiras na calçada
E na fachada
Escrito em cima que é um lar
Pela varanda
Flores tristes e baldias
Como a alegria
Que não tem onde encostar
E aí me dá uma tristeza
No meu peito
Feito um despeito
De eu não ter como lutar
E eu que não creio
Peço a Deus por minha gente
É gente humilde
Que vontade de chorar
--------------------------------------



Los dinosaurios



Los amigos del barrio pueden desaparecer
Los cantores de radio pueden desaparecer
Los que están en los diarios pueden desaparecer
La persona que amas puede desaparecer.
Los que están en el aire pueden desaparecer en el aire
Los que están en la calle pueden desaparecer en la calle.
Los amigos del barrio pueden desaparecer,
Pero los dinosaurios van a desaparecer.
No estoy tranquilo mi amor,
Hoy es sábado a la noche,
Un amigo está en cana.
Oh mi amor
Desaparece el mundo
Si los pesados mi amor llevan todo ese montón de equipajes en la mano
Oh mi amor yo quiero estar liviano.
Cuando el mundo tira para abajo
es mejor no estar atado a nada
Imaginen a los dinosaurios en la cama
Cuando el mundo tira para abajo
es mejor no estar atado a nada
Imaginen a los dinosaurios en la cama
Los amigos del barrio pueden desaparecer
Los cantores de radio pueden desaparecer
Los que están en los diarios pueden desaparecer
La persona que amas puede desaparecer.
Los que están en el aire pueden desaparecer en el aire
Los que están en la calle pueden desaparecer en la calle.
Los amigos del barrio pueden desaparecer,
Pero los dinosaurios van a desaparecer.

-------------------------------------

Mi novia es terrosista (Albert Pla)



Tu novia es un encanto y tú estás tan enamorado
por eso le perdonas sus deslices sus engaños
pero tu cariño no es tan ciego
ves muy claro su secreto
ella tiene otra vida más siniestra y clandestina
tu novia es una terrorista
ejecuta y ajusticia y atenta contra el sistema
tiene este cruel defecto pero en fin nadie es perfecto
lo prefiero lo consiento antes que su pasatiempo
sea coleccionar sellos
sea ponerme los cuernos
porque un romance muerto es un romance menos
una comisaría ha sufrido un atentado
tres jóvenes policías murieron acribillados
claro que es más comercial el coche bomba a un coronel
cuatro quilos de expolsivos
le mandan directo al cielo
que matanza que sangría
debería denunciarla pero igual la culpa es mia
quizás necesite ayuda mi comprensión mi cariño
quizás si le hubiera dado más amor se habría olvidado
de cargarse policías sin manías sin prejuicios
un policía muerto un policía menos

según fuentes del gobierno esta tarde una explosión
ha mandao a tomar por culo los retretes del congreso
se atribuye el atentado a un sector nacionalista
que se caga en el sistema y revindica con violencia
libertad independencia
tú sabes que eso es mentira
que la culpa es de tu novia
se ha cargao tres diputaos la democracia agoniza
que problema de conciencia a quien piensas serle infiel
a tu novia o a tu patria tú decides mientras tanto
un político muerto un político menos

le han pegao cuatro tiros por la calle a un militar
a sangre fría a bocajarro paseaba con su hijito
pudiste haber evitado este cruel asesinato
el destino de ese niño huérfano estaba en tus manos
no te estremece su llanto
jesusito de mi vida que eres niño como yo
di porqué han matao a mi papá toy solito
que haré yo
cómo perdonarle esto ha ido demasiado lejos
necesito tu consejo
que hago la dejo o no la dejo
un militar muerto un militar menos

no claro
es que quizás busque en otra parte
lo que nunca supe darle
ilusiones y alicientes para poder realizarse
mi silencio está cantando apología al terrorismo
me siento responsable y cómplice de su barbarie
por celoso y por cobarde
pero es que me horroriza estar sin ella
no sabría hacerme a la idea
que le ocurra una desgracia o caiga en acto de servicio
el día menos pensado me despierto y estoy viudo
y sin ella estoy perdido ya nada tiene sentido
porque una novia muerta es una novia menos.

Albert Pla
---------------------------------------------
Canción de Alicia en el país



Quién sabe Alicia éste país
no estuvo hecho porque sí.
Te vas a ir, vas a salir
pero te quedas,
¿dónde más vas a ir?

Y es que aquí, sabes
el trabalenguas trabalenguas
el asesino te asesina
y es mucho para ti.
Se acabó ese juego que te hacía feliz.

No cuentes lo que viste en los jardines, el sueño acabó.
Ya no hay morsas ni tortugas
Un río de cabezas aplastadas por el mismo pie
juegan cricket bajo la luna
Estamos en la tierra de nadie, pero es mía
Los inocentes son los culpables, dice su señoría,
el Rey de espadas.

No cuentes lo que hay detrás de aquel espejo,
no tendrás poder
ni abogados, ni testigos.
Enciende los candiles que los brujos
piensan en volver
a nublarnos el camino.
Estamos en la tierra de todos, en la vida.
Sobre el pasado y sobre el futuro,
ruinas sobre ruinas,
querida Alicia.

Se acabó ese juego que te hacía feliz.

------------------------------------

Masters of war



Come you masters of war
You that build all the guns
You that build the death planes
You that build the big bombs
You that hide behind walls
You that hide behind desks
I just want you to know
I can see through your masks

You that never done nothin'
But build to destroy
You play with my world
Like it's your little toy
You put a gun in my hand
And you hide from my eyes
And you turn and run farther
When the fast bullets fly

Like Judas of old
You lie and deceive
A world war can be won
You want me to believe
But I see through your eyes
And I see through your brain
Like I see through the water
That runs down my drain

You fasten the triggers
For the others to fire
Then you set back and watch
When the death count gets higher
You hide in your mansion
As young people's blood
Flows out of their bodies
And is buried in the mud

You've thrown the worst fear
That can ever be hurled
Fear to bring children
Into the world
For threatening my baby
Unborn and unnamed
You ain't worth the blood
That runs in your veins

How much do I know
To talk out of turn
You might say that I'm young
You might say I'm unlearned
But there's one thing I know
Though I'm younger than you
Even Jesus would never
Forgive what you do

Let me ask you one question
Is your money that good
Will it buy you forgiveness
Do you think that it could
I think you will find
When your death takes its toll
All the money you made
Will never buy back your soul

And I hope that you die
And your death'll come soon
I will follow your casket
In the pale afternoon
And I'll watch while you're lowered
Down to your deathbed
And I'll stand o'er your grave
'Til I'm sure that you're dead
Vengan señores de la guerra,
ustedes que construyen todas las armas,
ustedes que construyen los aviones de muerte,
ustedes que construyen las grandes bombas,
ustedes que se esconden detrás de paredes,
ustedes que se esconden detrás de escritorios,
sólo quiero que sepan
que puedo ver detrás de sus máscaras.

Ustedes que nunca hicieron nada
excepto construir para destruir,
ustedes juegan con mi mundo
como si fuera juguetito de ustedes,
ponen un arma en mi mano
y se esconden de mis ojos
y se dan vuelta y corren alejándose
cuando vuelan rápidas las balas

Como antes Judas,
mienten y engañan.
Una guerra mundial puede ganarse
(me quieren hacer creer)
pero veo a través de sus ojos,
y veo a través de sus cerebros,
como veo a través del agua
que corre por mi alcantarilla.

Ustedes ajustan los gatillos
para que otros disparen
y luego retroceden y observan.
Cuando el número de muertos asciende
se esconden en sus mansiones
mientras la sangre de los jóvenes
se escapa de sus cuerpos
y se entierra en el barro.

Ustedes arrojaron el peor miedo
que alguien pudo haber lanzado:
el miedo a traer niños
al mundo
por amenazar a mi hijo
aún no nacido, sin nombre,
no merecen la sangre
que corre por sus venas.

¿Cuánto sé
como para hablar cuando no corresponde?
Ustedes podrían decir que soy joven,
podrían decir que no tengo educación,
pero hay una cosa que sé,
pese a ser más joven que ustedes:
incluso Jesús nunca
perdonaría lo que ustedes hacen.

Déjenme preguntarles una cosa:
¿el dinero que tienen es tan bueno
como para comprarles el perdón?
¿Piensan que tendría ese poder?
Creo que se darán cuenta
cuando les llegue la hora de la muerte
que todo el dinero que ganaron
nunca servirá para recuperar sus almas.

Y espero que mueran
y que la muerte les llegue pronto;
yo seguiré sus ataúdes
en la pálida tarde,
y observaré mientras los bajan
hasta su lecho último,
y me quedaré parado frente a sus tumbas
hasta asegurarme que estén muertos.


-------------------------------------



En mi país, que tristeza,
La pobreza y el rencor.
Dice mi padre que ya llegará
Desde el fondo del tiempo otro tiempo
Y me dice que el sol brillará
Sobre un pueblo que él sueña
Labrando su verde solar.
En mi país que tristeza,
La pobreza y el rencor.

Tú no pediste la guerra,
Madre tierra, yo lo sé.
Dice mi padre que un solo traidor
Puede con mil valientes;
Él siente que el pueblo, en su inmenso dolor,
Hoy se niega a beber en la fuente
Clara del honor.
Tú no pediste la guerra,
Madre tierra, yo lo sé.

En mi país somos duros:
El futuro lo dirá.
Canta mi pueblo una canción de paz.
Detrás de cada puerta
Está alerta mi pueblo;
Y ya nadie podrá
Silenciar su canción
Y mañana también cantará.
En mi país somos duros:
El futuro lo dirá.

En mi país, que tibieza,
Cuando empieza a amanecer.
Dice mi pueblo que puede leer
En su mano de obrero el destino
Y que no hay adivino ni rey
Que le pueda marcar el camino
Que va a recorrer.
En mi país, que tibieza,
Cuando empieza a amanecer.

Coro:

En mi país somos miles y miles
De lágrimas y de fusiles,
Un puño y un canto vibrante,
Una llama encendida, un gigante
Que grita: ¡adelante... adelante!

-------------------------------------


Por qué tu paso dolido
del norte hacia el sur,
el pie que no supo,
el pie que no supo
de risa o de luz?

Tu padre abandona la tierra
de Tacuarembó
buscando su tierra,
una tierra suya,
y nunca la halló.

Encuentra la triste basura
donde viven mil,
encuentra la muerte,
encuentra el silencio
de aquel cantegril.

El Chueco, redondos los ojos
y sin pizarrón,
mirando a la madre,
mirando al hermano,
aprende el dolor.

La luna, semana a semana,
lo ha visto vagar
armado de espuma,
buscando una orilla
como busca el mar.

El Chueco no sabe de orilla
ni sabe de mar,
él sabe de rabia,
de rabia que apunta
y no quiere matar.

Asalta el banco y comparte
con el cantegril,
como antes el hambre,
como antes el hambre,
comparte el botín.

Así les canto la historia
del Chueco Maciel,
suena la sirena,
suena la sirena,
ya vienen por él.

Los diarios publican dos balas,
son diez o son mil,
mil ojos que miran,
mil ojos que miran
desde el cantegril.

El chueco era un uruguayo
de Tacuarembó,
de paso dolido,
de paso dolido,
de paso dolido.

Los chuecos se junten bien juntos,
bien juntos los pies,
y luego caminen buscando la patria,
la patria de todos, la patria Maciel,
esta patria chueca que no han de torcer
con duras cadenas los pies todos juntos
hemos de vencer.
---------------------------------
Por qué tu paso dolido
del norte hacia el sur,
el pie que no supo,
el pie que no supo
de risa o de luz?

Tu padre abandona la tierra
de Tacuarembó
buscando su tierra,
una tierra suya,
y nunca la halló.

Encuentra la triste basura
donde viven mil,
encuentra la muerte,
encuentra el silencio
de aquel cantegril.

El Chueco, redondos los ojos
y sin pizarrón,
mirando a la madre,
mirando al hermano,
aprende el dolor.

La luna, semana a semana,
lo ha visto vagar
armado de espuma,
buscando una orilla
como busca el mar.

El Chueco no sabe de orilla
ni sabe de mar,
él sabe de rabia,
de rabia que apunta
y no quiere matar.

Asalta el banco y comparte
con el cantegril,
como antes el hambre,
como antes el hambre,
comparte el botín.

Así les canto la historia
del Chueco Maciel,
suena la sirena,
suena la sirena,
ya vienen por él.

Los diarios publican dos balas,
son diez o son mil,
mil ojos que miran,
mil ojos que miran
desde el cantegril.

El chueco era un uruguayo
de Tacuarembó,
de paso dolido,
de paso dolido,
de paso dolido.

Los chuecos se junten bien juntos,
bien juntos los pies,
y luego caminen buscando la patria,
la patria de todos, la patria Maciel,
esta patria chueca que no han de torcer
con duras cadenas los pies todos juntos
hemos de vencer.

-----------------------------------------


-----------------------------------------

Caras conchetas, miradas berretas
y hombres encajados en fiorucci.
oigo "dame" y "quiero" y "no te metas"
"te gustó el nuevo bertolucci?".
La rubia tarada, bronceada, aburrida,
me dice "por qué te pelaste?"
y yo "por el asco que dá tu sociedad.
por el pelo de hoy cuánto gastaste?"
Un pseudo punkito, con el acento finito
quiere hacer el chico malo.
tuerce la boca, se arregla el pelito,
se toma un trago y vuelve a belgrano.
Basta! me voy, rumbo a la puerta
y después al boliche a la esquina
a tomar una ginebra con gente despierta.
esta si que es argentina!



-------------------------------------------

El Necio (Silvio Rodriguez)



Para no hacer de mi ícono pedazos,
para salvarme entre únicos e impares,
para cederme un lugar en su Parnaso,
para darme un rinconcito en sus altares.
me vienen a convidar a arrepentirme,
me vienen a convidar a que no pierda,
mi vienen a convidar a indefinirme,
me vienen a convidar a tanta mierda.

Yo no se lo que es el destino,
caminando fui lo que fui.
Allá Dios, que será divino.
Yo me muero como viví.

Yo quiero seguir jugando a lo perdido,
yo quiero ser a la zurda más que diestro,
yo quiero hacer un congreso del unido,
yo quiero rezar a fondo un hijonuestro.
Dirán que pasó de moda la locura,
dirán que la gente es mala y no merece,
más yo seguiré soñando travesuras
(acaso multiplicar panes y peces).

Yo no se lo que es el destino,
caminando fui lo que fui.
Allá Dios, que será divino.
Yo me muero como viví.

Dicen que me arrastrarán po sobre rocas
cuando la Revolución se venga abajo,
que machacarán mis manos y mi boca,
que me arrancarán los ojos y el badajo.
Será que la necedad parió conmigo,
la necedad de lo que hoy result anecio:
la necedad de asumir al enemigo,
la necedad de vivir sin tener precio.

Yo no se lo que es el destino,
caminando fui lo que fui.
Allá Dios, que será divino.
Yo me muero como viví.

------------------------------
Un pac-man en el Savoy
Intérprete: Los Redonditos de Ricota



Todo lo que está en mi nube
es nada más que tu sermón fatal,
si tu grito es un ladrido
y mi cuchillo es un rayo cruel.
Toda esa batería de risa rubia
de barrio especial,
las nuevas supersticiones,
la bobera de un nuevo pac-man.
Nuestro pac-man no es de nadie,
pero el mono es de él.
A veces gana, a veces pierde
(como todo jugador).
Un buen par de ojos de vidrio
y tu mirada tiende a mejorar
las nuevas supersticiones,
la bobera del nuevo pac-man.

----------------------------

Yo Pisaré Las Calles Nuevamente
Pablo Milanés
Composição: Pablo Milanés
Yo pisaré las calles nuevamente
de lo que fue Santiago ensangrentada,
y en una hermosa plaza liberada
me detendré a llorar por los ausentes.

Yo vendré del desierto calcinante
y saldré de los bosques y los lagos,
y evocaré en un cerro de Santiago
a mis hermanos que murieron antes.

Yo unido al que hizo mucho y poco
al que quiere la patria liberada
dispararé las primeras balas
más temprano que tarde, sin reposo.

Retornarán los libros, las canciones
que quemaron las manos asesinas.
Renacerá mi pueblo de su ruina
y pagarán su culpa los traidores.

Un niño jugará en una alameda
y cantará con sus amigos nuevos,
y ese canto será el canto del suelo
a una vida segada en La Moneda.

Yo pisaré las calles nuevamente
de lo que fue Santiago ensangrentada,
y en una hermosa plaza liberada
me detendré a llorar por los ausentes



--------------------------Playa Giron (Silvio Rodriguez)



Compañeros poetas,
tomando en cuenta los últimos sucesos
en la poesía, quisiera preguntar
——me urge—,
¿qué tipo de adjetivos se deben usar
para hacer el poema de un barco
sin que se haga sentimental, fuera de la vanguardia
o evidente panfleto,
si debo usar palabras como
Flota Cubana de Pesca y
«Playa Girón»?

Compañeros de música,
tomando en cuenta esas politonales
y audaces canciones, quisiera preguntar
—me urge—,
¿qué tipo de armonía se debe usar
para hacer la canción de este barco
con hombres de poca niñez, hombres y solamente
hombres sobre cubierta,
hombres negros y rojos y azules,
los hombres que pueblan el «Playa Girón»?

Compañeros de historia,
tomando en cuenta lo implacable
que debe ser la verdad, quisiera preguntar
—me urge tanto—,
¿qué debiera decir, qué fronteras debo respetar?
Si alguien roba comida
y después da la vida, ¿qué hacer?
¿Hasta donde debemos practicar las verdades?
¿Hasta donde sabemos?
Que escriban, pues, la historia, su historia,
los hombres del «Playa Girón».

------------------------------


Times they are a changing (Bob Dylan)



The Times They Are A-Changin' (Bob Dylan)

Come gather 'round people
Wherever you roam
And admit that the waters
Around you have grown
And accept it that soon
You'll be drenched to the bone.
If your time to you
Is worth savin'
Then you better start swimmin'
Or you'll sink like a stone
For the times they are a-changin'.

Come writers and critics
Who prophesize with your pen
And keep your eyes wide
The chance won't come again
And don't speak too soon
For the wheel's still in spin
And there's no tellin' who
That it's namin'.
For the loser now
Will be later to win
For the times they are a-changin'.

Come senators, congressmen
Please heed the call
Don't stand in the doorway
Don't block up the hall
For he that gets hurt
Will be he who has stalled
There's a battle outside
And it is ragin'.
It'll soon shake your windows
And rattle your walls
For the times they are a-changin'.

Come mothers and fathers
Throughout the land
And don't criticize
What you can't understand
Your sons and your daughters
Are beyond your command
Your old road is rapidly agin'
Please get out of the new one
If you can't lend your hand
For the times they are a-changin'.

The line it is drawn
The curse it is cast
The slow one now
Will later be fast
As the present now
Will later be past
The order is
Rapidly fadin'.
And the first one now
Will later be last
For the times they are a-changin'.

----------------------------
Los tiempos están cambiando (Roberto Dylan)

Reunanse, gente
Dondequiera que vaguen
Y admitan que las aguas
Alrededor crecieron
Y acepten que pronto
Estarán empapados hasta los huesos
Si su tiempo para ustedes
Merece ser salvado
Mejor empiecen a nadar
O se van a hundir como piedras
Porque los tiempos están cambiando

Vengan, escritores y críticos
Que profetizan con sus lapiceras
Y mantengan los ojos abiertos
La oportunidad no va a volver
Y no se apresuren para hablar
Porque la rueda aún sigue girando
Y no se puede decir a quién nombra
Porque el perdedor de ahora
Mas adelante ganará
Los tiempos están cambiando


Vengan senadores y congresistas
Por favor escuchen el llamado
No se paren en la puerta
No bloqueen la sala
Porque el herido
Será el que haya estancado
Hay una batalla afuera
Y está rabiando
Pronto sacudirá sus ventanas
Y golpeará sus puertas
Porque los tiempos están cambiando

Vengan madres y padres
A traves de la tierra
Y no critiquen
lo que no pueden entender
Sus hijos hijos e hijas
Están más allá de su comando
Su antiguo camino envejece rapidamente
Por favor salgan del nuevo
Si no pueden ayudar
Porque los tiempos están cambiando

La línea está trasada
El curso está moldeado
El lento de hoy
Luego será el rápido
Y el presente hoy
Luego será el pasado
El orden
Rapidamente se esfuma
Y el primero hoy
Luego será el último
Porque los tiempos están cambiando





----------------

Pato trabaja en una carnicería (Moris)



Todo empezó con el chiste que decía
lo tuyo es mío y lo mío es mío
no comprendimos que eso sería
lo que algún día nos heriría
fueron los días, los días de oro
y el sol brillaba sin preguntar
después crecimos y nos fuimos del barrio
pato trabaja en una carnicería
tiempos aquellos de rosedales
novias de Flores, primeros cigarrillos
nunca al colegio, siempre la vida
y las mañanas del sol aquel
hemos crecido y visto el mundo en los diarios
el comunismo resultó complicado
lo tuyo es mío y lo mío es mío
nos ha llevado a la indiferencia
tenés excusas, los otros tienen
que te mantengan para eso están
sos el burgués mas corrompido que existe
y te engañas pensando que sos un hippie
vos explotas a todos y no das nada
y eso es ser el peor capitalista
cuando tenés, te hacés el burro
vivís de arriba, que asco me das
vos te reís del mundo y de las personas
pero querés que el mundo te alimente
otros te proporcionan lo necesario
y vos seguís creyendo que es lo corriente
que inútil sos, que mantenido
mírate un poco, baja de ahí
siempre estás en artista y te hacés el genio
cultivas tu aire ausente y despreocupado
porque te supergusta hacerte el raro
y tu fama te tiene muy preocupado
te haces copar, como engañas
sos de mentira y no servís.
pato trabaja en una carnicería
pato trabaja en una carnicería
pato trabaja en una carnicería


----------------

O que será



O que será, que será?
Que andam suspirando pelas alcovas
Que andam sussurrando em versos e trovas
Que andam combinando no breu das tocas
Que anda nas cabeças anda nas bocas
Que andam acendendo velas nos becos
Que estão falando alto pelos botecos
E gritam nos mercados que com certeza
Está na natureza
Será, que será?
O que não tem certeza nem nunca terá
O que não tem conserto nem nunca terá
O que não tem tamanho...

O que será, que será?
Que vive nas idéias desses amantes
Que cantam os poetas mais delirantes
Que juram os profetas embriagados
Que está na romaria dos mutilados
Que está na fantasia dos infelizes
Que está no dia a dia das meretrizes
No plano dos bandidos dos desvalidos
Em todos os sentidos...

Será, que será?
O que não tem decência nem nunca terá
O que não tem censura nem nunca terá
O que não faz sentido...

O que será, que será?
Que todos os avisos não vão evitar
Por que todos os risos vão desafiar
Por que todos os sinos irão repicar
Por que todos os hinos irão consagrar
E todos os meninos vão desembestar
E todos os destinos irão se encontrar
E mesmo o Padre Eterno que nunca foi lá
Olhando aquele inferno vai abençoar
O que não tem governo nem nunca terá
O que não tem vergonha nem nunca terá
O que não tem juízo...(2x)

Lá lá lá lá lá……..

--------------------------------------

Samba de Orly



Vai, meu irmão
Pega esse avião
Você tem razão de correr assim
Desse frio, mas beija
O meu Rio de Janeiro
Antes que um aventureiro
Lance mão

Pede perdão
Pela duração dessa temporada
Mas não diga nada
Que me viu chorando
E pros da pesada
Diz que vou levando
Vê como é que anda
Aquela vida à toa
E se puder me manda
Uma notícia boa

Pede perdão
Pela omissão um tanto forçada
Mas não diga nada
Que me viu chorando
E pros da pesada
Diz que vou levando
Vê como é que anda
Aquela vida à toa
Se puder me manda
Uma notícia boa

----------------------------

Meu caro amigo



Meu caro amigo me perdoe, por favor
Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
Mando notícias nessa fita

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol

Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta

Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando e também sem a cachaça
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu não pretendo provocar
Nem atiçar suas saudades
Mas acontece que não posso me furtar
A lhe contar as novidades

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol

Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta

É pirueta pra cavar o ganha-pão
Que a gente vai cavando só de birra, só de sarro
E a gente vai fumando que, também, sem um cigarro
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu quis até telefonar
Mas a tarifa não tem graça
Eu ando aflito pra fazer você ficar
A par de tudo que se passa

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol

Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta

Muita careta pra engolir a transação
E a gente tá engolindo cada sapo no caminho
E a gente vai se amando que, também, sem um carinho
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu bem queria lhe escrever
Mas o correio andou arisco
Se me permitem, vou tentar lhe remeter
Notícias frescas nesse disco

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol

Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta

A Marieta manda um beijo para os seus
Um beijo na família, na Cecília e nas crianças
O Francis aproveita pra também mandar lembranças
A todo o pessoal
Adeus

--------------------------------------

Calice



Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue...(2x)

Como beber
Dessa bebida amarga
Tragar a dor
Engolir a labuta
Mesmo calada a boca
Resta o peito
Silêncio na cidade
Não se escuta
De que me vale
Ser filho da santa
Melhor seria
Ser filho da outra
Outra realidade
Menos morta
Tanta mentira
Tanta força bruta...

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue...

Como é difícil
Acordar calado
Se na calada da noite
Eu me dano
Quero lançar
Um grito desumano
Que é uma maneira
De ser escutado
Esse silêncio todo
Me atordoa
Atordoado
Eu permaneço atento
Na arquibancada
Prá a qualquer momento
Ver emergir
O monstro da lagoa...

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue...

De muito gorda
A porca já não anda
(Cálice!)
De muito usada
A faca já não corta
Como é difícil
Pai, abrir a porta
(Cálice!)
Essa palavra
Presa na garganta
Esse pileque
Homérico no mundo
De que adianta
Ter boa vontade
Mesmo calado o peito
Resta a cuca
Dos bêbados
Do centro da cidade...

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue...

Talvez o mundo
Não seja pequeno
(Cálice!)
Nem seja a vida
Um fato consumado
(Cálice!)
Quero inventar
O meu próprio pecado
(Cálice!)
Quero morrer
Do meu próprio veneno
(Pai! Cálice!)
Quero perder de vez
Tua cabeça
(Cálice!)
Minha cabeça
Perder teu juízo
(Cálice!)
Quero cheirar fumaça
De óleo diesel
(Cálice!)
Me embriagar
Até que alguém me esqueça
(Cálice!)

--------------------------

Los dinosaurios



Los amigos del barrio pueden desaparecer
Los cantores de radio pueden desaparecer
Los que están en los diarios pueden desaparecer
La persona que amas puede desaparecer.
Los que están en el aire pueden desaparecer en el aire
Los que están en la calle pueden desaparecer en la calle.
Los amigos del barrio pueden desaparecer,
Pero los dinosaurios van a desaparecer.
No estoy tranquilo mi amor,
Hoy es sábado a la noche,
Un amigo está en cana.
Oh mi amor
Desaparece el mundo
Si los pesados mi amor llevan todo ese montón de equipajes en la mano
Oh mi amor yo quiero estar liviano.
Cuando el mundo tira para abajo
es mejor no estar atado a nada
Imaginen a los dinosaurios en la cama
Cuando el mundo tira para abajo
es mejor no estar atado a nada
Imaginen a los dinosaurios en la cama
Los amigos del barrio pueden desaparecer
Los cantores de radio pueden desaparecer
Los que están en los diarios pueden desaparecer
La persona que amas puede desaparecer.
Los que están en el aire pueden desaparecer en el aire
Los que están en la calle pueden desaparecer en la calle.
Los amigos del barrio pueden desaparecer,
Pero los dinosaurios van a desaparecer.

-------------------------------------

Canción de Alicia en el país



Quién sabe Alicia éste país
no estuvo hecho porque sí.
Te vas a ir, vas a salir
pero te quedas,
¿dónde más vas a ir?

Y es que aquí, sabes
el trabalenguas trabalenguas
el asesino te asesina
y es mucho para ti.
Se acabó ese juego que te hacía feliz.

No cuentes lo que viste en los jardines, el sueño acabó.
Ya no hay morsas ni tortugas
Un río de cabezas aplastadas por el mismo pie
juegan cricket bajo la luna
Estamos en la tierra de nadie, pero es mía
Los inocentes son los culpables, dice su señoría,
el Rey de espadas.

No cuentes lo que hay detrás de aquel espejo,
no tendrás poder
ni abogados, ni testigos.
Enciende los candiles que los brujos
piensan en volver
a nublarnos el camino.
Estamos en la tierra de todos, en la vida.
Sobre el pasado y sobre el futuro,
ruinas sobre ruinas,
querida Alicia.

Se acabó ese juego que te hacía feliz.

------------------------------------

Masters of war



Come you masters of war
You that build all the guns
You that build the death planes
You that build the big bombs
You that hide behind walls
You that hide behind desks
I just want you to know
I can see through your masks

You that never done nothin'
But build to destroy
You play with my world
Like it's your little toy
You put a gun in my hand
And you hide from my eyes
And you turn and run farther
When the fast bullets fly

Like Judas of old
You lie and deceive
A world war can be won
You want me to believe
But I see through your eyes
And I see through your brain
Like I see through the water
That runs down my drain

You fasten the triggers
For the others to fire
Then you set back and watch
When the death count gets higher
You hide in your mansion
As young people's blood
Flows out of their bodies
And is buried in the mud

You've thrown the worst fear
That can ever be hurled
Fear to bring children
Into the world
For threatening my baby
Unborn and unnamed
You ain't worth the blood
That runs in your veins

How much do I know
To talk out of turn
You might say that I'm young
You might say I'm unlearned
But there's one thing I know
Though I'm younger than you
Even Jesus would never
Forgive what you do

Let me ask you one question
Is your money that good
Will it buy you forgiveness
Do you think that it could
I think you will find
When your death takes its toll
All the money you made
Will never buy back your soul

And I hope that you die
And your death'll come soon
I will follow your casket
In the pale afternoon
And I'll watch while you're lowered
Down to your deathbed
And I'll stand o'er your grave
'Til I'm sure that you're dead
Vengan señores de la guerra,
ustedes que construyen todas las armas,
ustedes que construyen los aviones de muerte,
ustedes que construyen las grandes bombas,
ustedes que se esconden detrás de paredes,
ustedes que se esconden detrás de escritorios,
sólo quiero que sepan
que puedo ver detrás de sus máscaras.

Ustedes que nunca hicieron nada
excepto construir para destruir,
ustedes juegan con mi mundo
como si fuera juguetito de ustedes,
ponen un arma en mi mano
y se esconden de mis ojos
y se dan vuelta y corren alejándose
cuando vuelan rápidas las balas

Como antes Judas,
mienten y engañan.
Una guerra mundial puede ganarse
(me quieren hacer creer)
pero veo a través de sus ojos,
y veo a través de sus cerebros,
como veo a través del agua
que corre por mi alcantarilla.

Ustedes ajustan los gatillos
para que otros disparen
y luego retroceden y observan.
Cuando el número de muertos asciende
se esconden en sus mansiones
mientras la sangre de los jóvenes
se escapa de sus cuerpos
y se entierra en el barro.

Ustedes arrojaron el peor miedo
que alguien pudo haber lanzado:
el miedo a traer niños
al mundo
por amenazar a mi hijo
aún no nacido, sin nombre,
no merecen la sangre
que corre por sus venas.

¿Cuánto sé
como para hablar cuando no corresponde?
Ustedes podrían decir que soy joven,
podrían decir que no tengo educación,
pero hay una cosa que sé,
pese a ser más joven que ustedes:
incluso Jesús nunca
perdonaría lo que ustedes hacen.

Déjenme preguntarles una cosa:
¿el dinero que tienen es tan bueno
como para comprarles el perdón?
¿Piensan que tendría ese poder?
Creo que se darán cuenta
cuando les llegue la hora de la muerte
que todo el dinero que ganaron
nunca servirá para recuperar sus almas.

Y espero que mueran
y que la muerte les llegue pronto;
yo seguiré sus ataúdes
en la pálida tarde,
y observaré mientras los bajan
hasta su lecho último,
y me quedaré parado frente a sus tumbas
hasta asegurarme que estén muertos.


-------------------------------------



Tem certos dias
Em que eu penso em minha gente
E sinto assim
Todo o meu peito se apertar
Porque parece
Que acontece de repente
Feito um desejo de eu viver
Sem me notar
Igual a como
Quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem
Vindo de trem de algum lugar
E aí me dá
Como uma inveja dessa gente
Que vai em frente
Sem nem ter com quem contar
São casas simples
Com cadeiras na calçada
E na fachada
Escrito em cima que é um lar
Pela varanda
Flores tristes e baldias
Como a alegria
Que não tem onde encostar
E aí me dá uma tristeza
No meu peito
Feito um despeito
De eu não ter como lutar
E eu que não creio
Peço a Deus por minha gente
É gente humilde
Que vontade de chorar
--------------------------------------


En mi país, que tristeza,
La pobreza y el rencor.
Dice mi padre que ya llegará
Desde el fondo del tiempo otro tiempo
Y me dice que el sol brillará
Sobre un pueblo que él sueña
Labrando su verde solar.
En mi país que tristeza,
La pobreza y el rencor.

Tú no pediste la guerra,
Madre tierra, yo lo sé.
Dice mi padre que un solo traidor
Puede con mil valientes;
Él siente que el pueblo, en su inmenso dolor,
Hoy se niega a beber en la fuente
Clara del honor.
Tú no pediste la guerra,
Madre tierra, yo lo sé.

En mi país somos duros:
El futuro lo dirá.
Canta mi pueblo una canción de paz.
Detrás de cada puerta
Está alerta mi pueblo;
Y ya nadie podrá
Silenciar su canción
Y mañana también cantará.
En mi país somos duros:
El futuro lo dirá.

En mi país, que tibieza,
Cuando empieza a amanecer.
Dice mi pueblo que puede leer
En su mano de obrero el destino
Y que no hay adivino ni rey
Que le pueda marcar el camino
Que va a recorrer.
En mi país, que tibieza,
Cuando empieza a amanecer.

Coro:

En mi país somos miles y miles
De lágrimas y de fusiles,
Un puño y un canto vibrante,
Una llama encendida, un gigante
Que grita: ¡adelante... adelante!

-------------------------------------


Por qué tu paso dolido
del norte hacia el sur,
el pie que no supo,
el pie que no supo
de risa o de luz?

Tu padre abandona la tierra
de Tacuarembó
buscando su tierra,
una tierra suya,
y nunca la halló.

Encuentra la triste basura
donde viven mil,
encuentra la muerte,
encuentra el silencio
de aquel cantegril.

El Chueco, redondos los ojos
y sin pizarrón,
mirando a la madre,
mirando al hermano,
aprende el dolor.

La luna, semana a semana,
lo ha visto vagar
armado de espuma,
buscando una orilla
como busca el mar.

El Chueco no sabe de orilla
ni sabe de mar,
él sabe de rabia,
de rabia que apunta
y no quiere matar.

Asalta el banco y comparte
con el cantegril,
como antes el hambre,
como antes el hambre,
comparte el botín.

Así les canto la historia
del Chueco Maciel,
suena la sirena,
suena la sirena,
ya vienen por él.

Los diarios publican dos balas,
son diez o son mil,
mil ojos que miran,
mil ojos que miran
desde el cantegril.

El chueco era un uruguayo
de Tacuarembó,
de paso dolido,
de paso dolido,
de paso dolido.

Los chuecos se junten bien juntos,
bien juntos los pies,
y luego caminen buscando la patria,
la patria de todos, la patria Maciel,
esta patria chueca que no han de torcer
con duras cadenas los pies todos juntos
hemos de vencer.
---------------------------------
Por qué tu paso dolido
del norte hacia el sur,
el pie que no supo,
el pie que no supo
de risa o de luz?

Tu padre abandona la tierra
de Tacuarembó
buscando su tierra,
una tierra suya,
y nunca la halló.

Encuentra la triste basura
donde viven mil,
encuentra la muerte,
encuentra el silencio
de aquel cantegril.

El Chueco, redondos los ojos
y sin pizarrón,
mirando a la madre,
mirando al hermano,
aprende el dolor.

La luna, semana a semana,
lo ha visto vagar
armado de espuma,
buscando una orilla
como busca el mar.

El Chueco no sabe de orilla
ni sabe de mar,
él sabe de rabia,
de rabia que apunta
y no quiere matar.

Asalta el banco y comparte
con el cantegril,
como antes el hambre,
como antes el hambre,
comparte el botín.

Así les canto la historia
del Chueco Maciel,
suena la sirena,
suena la sirena,
ya vienen por él.

Los diarios publican dos balas,
son diez o son mil,
mil ojos que miran,
mil ojos que miran
desde el cantegril.

El chueco era un uruguayo
de Tacuarembó,
de paso dolido,
de paso dolido,
de paso dolido.

Los chuecos se junten bien juntos,
bien juntos los pies,
y luego caminen buscando la patria,
la patria de todos, la patria Maciel,
esta patria chueca que no han de torcer
con duras cadenas los pies todos juntos
hemos de vencer.

-----------------------------------------


-----------------------------------------

Caras conchetas, miradas berretas
y hombres encajados en fiorucci.
oigo "dame" y "quiero" y "no te metas"
"te gustó el nuevo bertolucci?".
La rubia tarada, bronceada, aburrida,
me dice "por qué te pelaste?"
y yo "por el asco que dá tu sociedad.
por el pelo de hoy cuánto gastaste?"
Un pseudo punkito, con el acento finito
quiere hacer el chico malo.
tuerce la boca, se arregla el pelito,
se toma un trago y vuelve a belgrano.
Basta! me voy, rumbo a la puerta
y después al boliche a la esquina
a tomar una ginebra con gente despierta.
esta si que es argentina!